FÍSICA SEM EDUCAÇÃO

A única maneira de fazer o Brasil progredir é com educação, informação e caráter.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Projeto: A Física no Skate

A física do skate



O skate surgiu na década de 60, na Califórnia. Como os surfistas ficavam frustrados por não haver ondas no mar decidiram surfar em terra firme, assim, ao invés de usarem patins, colocaram rodas em “pranchas”, obviamente elas teriam que ser bem menores.

Naquela época os skates não tinham nose (do inglês, nariz que significa a frente do skate) e tail (que significa rabo, o fundo modificado do skate) e aí a coisa estourou. Em 1965 foram criadas pistas e revistas especializadas no esporte.

Na década de 70 houve uma revolução. Devido ao racionamento de água nos Estados Unidos, os donos de piscina tiveram que esvaziá-las e com a formação de gelo no inverno foi uma ótima oportunidade para que os skatistas aproveitassem para realizarem suas manobras.
Nos anos 80 aconteceu uma nova revolução no ramo do skate e dessa vez uma revolução científica. Quando o engenheiro Frank Nashworth criou a roda de uretano, que é mais aderente e silenciosa, com isso os skates passaram a invadir também as casas.

A partir daí surgiram os grandes nomes do skate: Tony Hawk, Steve Caballero, Tony Sims entre outros, mas foi nos anos 90 que surgiu Bob Burnsquist, que foi o idealizador da Megarampa. Construída em São Paulo. Se não conhece acesse aqui http://fisicamoderna.blog.uol.com.br/arch2008-11-23_2008-11-29.html








Física e skate tudo a ver
Foto: http://sk8naveiaa.blogspot.com.br/

Bibliografia:file:///C:/Users/user/Documents/a%20f%C3%ADsica%20do%20skate.pdf


domingo, 21 de dezembro de 2014

Aonde está a ética na ciência? Dentro da arca de Noé?




Tenho me perguntado isso nos últimos dias, quando tive conhecimento de alguns fatos. Como professora do estado tento ensinar aos meus alunos o conceito de ética, a tanto já esquecido, e pior, esquecido por pessoas que deveriam, por obrigação, ser exemplo dela. Deixo com vocês a postagem do professor Adonai Sant'Anna, que já fomos parceiros em uma postagem anterior sobre uma denúncia sobre o SARESP. Boa leitura!

Clique aqui para ter acesso ao texto


Aproveitando, deixo um texto que publicado hoje, dia 21/12/14, no jornal Folha de São Paulo, sobre o assunto para quem quiser se aprofundar e o grupo do Universo Racionalista  convidou o Doutor Marcos Eberlin, principal mentor do Design Inteligente, para um hangout que promete estrear em janeiro. Não podemos perder!



"A caixa-preta do design inteligente
Por Maurício Tuffani
21/12/14 03:33

O movimento negacionista da teoria da evolução de Charles Darwin (1809-1892) voltou a ser notícia recentemente ao realizar em Campinas (SP) o 1º Congresso Brasileiro do Design Inteligente. Há poucos dias, organizadores desse evento contestaram um manifesto em defesa da evolução de professores e pós-graduandos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Essa tréplica foi noticiada na quinta-feira (18.dez) por meu colega Reinaldo Lopes em seu blog “Darwin e Deus”.

Diferentemente do criacionismo tradicional, a teoria do design inteligente (TDI) não é baseada na interpretação literal bíblica sobre a criação do mundo e dos seres vivos. Não há entre os cientistas adeptos dessa teoria partidários da ideia de que o universo existe há menos de 6 mil anos.

Os adeptos da TDI alegam que a evolução por meio da seleção natural é uma teoria em crise porque que não consegue explicar diversas etapas da transformação dos seres vivos a partir de primitivos compostos orgânicos, há centenas de milhões de anos. A única explicação possível para essas lacunas, segundo a TDI, é a de que etapas cruciais dessas transformações resultaram da interferência de uma instância inteligente.

Na TDI não há sugestões de modelos explicativos para superar o alcance da teoria da evolução (TE). As inovações propostas pelo design inteligente são conceitos destinados a apontar limites da seleção natural. Exceto por sua postulação sobrenatural, a TDI não tem referenciais próprios, mas somente da teoria que pretende substituir. Sua agenda é reativa, pautada pela negatividade e sem um foco concreto na ampliação do conhecimento.

O design

Ao questionar o modelo darwinista, os adeptos da TDI afirmam que os avanços da bioquímica a partir dos anos 1950 revelaram que a origem da vida envolveu transformações complexas e impossíveis de terem sido realizadas sem a interferência externa de uma atividade inteligente. Eles chamam essa intervenção de planejamento ou design inteligente.

Em seu livro de 1996, o bioquímico Michael Behe, da Universidade Lehigh, nos estados Unidos, um dos principais defensores dessa teoria, afirmou:

“A necessidade de controle é óbvia no caso das máquinas que usamos na vida diária. Uma serra que não pudesse ser desligada seria um grande perigo, e um carro sem freios tampouco teria utilidade. Sistemas bioquímicos também são máquinas que usamos na vida diária (quer pensemos nelas ou não) e também têm de ser controladas.”
(Michael Behe, “A Caixa-Preta de Darwin: O desafio da bioquímica à teoria da evolução”, Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro, 1997, pág. 161)

Em sua resposta ao manifesto da UFRGS, os adeptos brasileiros da TDI, liderados pelo químico Marcos Eberlin, da Unicamp, destacaram, mas sem justificar devidamente com referências, que as chances para a origem da vida na Terra há centenas de milhões de anos teriam sido de uma para um número representado pelo algarismo “1” seguido por 10.123 zeros (1/1010123).

Em 29 de abril de 2010, em sua palestra de encerramento do 3º Seminário Internacional Darwinismo Hoje, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, Eberlin mostrou uma probabilidade maior, que seria de um quociente com 195 zeros (1/10195), mas alegando que ela não seria alcançada nem mesmo por todos os recursos probabilísticos do universo.

Refutações

Ao se contrapor à TDI e até mesmo ao criacionismo bíblico, evolucionistas muitas vezes incorreram em graves erros do ponto de vista epistemológico e até mesmo do lógico. A principal bobeada tem sido a afirmação de que a seleção natural é “cientificamente comprovada”.

Na epistemologia, até mesmo aqueles que não simpatizam com o trabalho do filósofo da ciência austríaco Karl Popper (1902-1994) reconhecem a demolição por esse pensador da crença cientificista de que uma teoria pode ser provada. Seu clássico “A Lógica da Pesquisa Científica”, de 1934, deixou definitivamente claro que uma teoria pode ser corroborada por observações e experimentações —ou seja, sobreviver à confrontação empírica— ou refutada por elas, mas nunca pode ser comprovada.

Popper, no entanto, não era um refutacionista ingênuo. Assim como outros estudiosos da epistemologia desde essa sua obra, ele sabia que do ponto de vista prático é razoável admitir explicações casuístas (“ad-hoc”) para anomalias, de modo a preservar as teorias, principalmente na falta de alternativas para substituição.

Essa opção pela preservação da teoria em face de anomalias é ressaltada por muitos adeptos da TDI ao se insurgirem contra o darwinismo, como mostra a citada resposta de seus adeptos brasileiros ao manifesto da UFRGS:

“(…) poderíamos mencionar aqui quase uma centena de artigos científicos, de renomados e abalizados cientistas evolucionistas, questionando a robustez de alguns aspectos fundamentais da TE no contexto de justificação teórica e que apontam para outra direção.”

Paradigmas

É com base nesse ponto que alguns defensores da TDI têm invocado o trabalho do físico teórico e historiador da ciência norte-americano Thomas Kuhn (1922-1996). Em seu livro “A Estrutura das Revoluções Científicas”, de 1962, esse autor mostrou porque nem sempre a confrontação empírica é decisiva na preservação ou substituição de teorias.

Kuhn estabeleceu o conceito de “paradigmas”, que são compromissos conceituais, metodológicos e instrumentais compartilhados pelos membros de uma especialidade científica durante um determinado período. Um paradigma, diz Kuhn, dirige a pesquisa científica para a articulação dos fenômenos já definidos por ele e reforçados pela educação profissional. Segundo o autor:

“A ciência normal não tem como objetivo trazer à tona novas espécies de fenômenos; na verdade, aqueles que não se ajustam aos limites do paradigma freqüentemente nem são vistos”.
(Thomas Kuhn, “A Estrutura das Revoluções Científicas”, Editora Perspectiva, São Paulo, 1982, pág. 45)

Afirmações como essa têm sido aproveitadas por defensores da TDI, para os quais revisões críticas dentro do próprio darwinismo deveriam levar a refutações à TE. Esta, no entanto, segundo os antievolucionistas, conseguiria prevalecer por ser amplamente majoritária nas universidades e instituições de pesquisa. Como afirmou Behe em seu livro já citado,

“Muitas pessoas, inclusive importantes e renomados cientistas, simplesmente não querem que um ser sobrenatural afete a natureza, por mais curta ou criativa que essa intervenção tenha sido.”
(Behe, “A Caixa-Preta de Darwin”, pág. 245).

Zona de conforto

Lamentavelmente, grande parte dos pesquisadores evolucionistas jamais se dispôs a responder às críticas de adeptos da TDI. Certos de conseguirem manter as publicações acadêmicas praticamente imunes à apresentação e à aceitação de artigos contrários à TE, muitos cientistas têm optado por ignorar essas contestações.

Na imprensa, por sua vez, muitos jornalistas e editores de ciência não têm dado espaço para abordagens sobre o assunto, seja pela escassez de artigos devidamente avalizados sobre a TDI, seja por considerarem essa teoria como um criacionismo disfarçado de ciência.

No caso dos argumentos epistemológicos, essa indisposição para o debate foi ainda maior, menos movida pela indiferença provida da zona de conforto do que pelo fato de que lógica e filosofia da ciência geralmente não são disciplinas prioritárias na formação de cientistas.

Assombrações

De um modo geral, as manifestações acadêmicas sobre a TDI têm ocorrido sob a forma de documentos coletivos de entidades científicas ou de grupos de pesquisadores, como foi o caso do posicionamento na UFGRS. Em que pese a pertinência de argumentos apresentados, esse procedimento tem sido pouco eficiente para promover um debate sobre o assunto. Para a maioria tem servido muito mais como uma forma de recusa de debate. Felizmente também têm surgido blogs ou redes sociais de evolucionistas com boas contribuições, mas com alcance restrito.

Com essas e outras, o fantasma criacionista empurrado pela academia e pela imprensa para dentro do armário tem conseguido muitas vezes explorar o vazio deixado na opinião pública por cientistas e jornalistas.

Contra essas assombrações, os poucos antídotos disponíveis de maior alcance mais recentes têm sido alguns livros de divulgadores da ciência como “Deus, um Delírio” (2006), do geneticista britânico Richard Dawkins, e “Quebrando o Encanto” (2006), do filósofo da ciência e neurocientista norte-americano Daniel Dennett, e a série de televisão “Cosmos: Uma odisseia no tempo”, do astrônomo norte-americano Neil deGrasse Tyson e remake de “Cosmos: Uma viagem pessoal”, de 1980, idealizada e apresentada pelo astrônomo Carl Sagan (1934-1996).

Falácias

Na verdade, o apelo aos clássicos da epistemologia em favor da TDI só é possível por meio de falácias, a começar pela incompatibilidade com a proposta do planejador inteligente como axioma não só para a biologia, mas também para a paleontologia, a bioquímica e outras áreas associadas à evolução. Como exemplo dessa formulação, recorrerei novamente a Michael Behe, que é um dos defensores dessa teoria menos enfáticos no proselitismo religioso.

“Há um elefante em uma sala cheia de cientistas que tentam explicar o aparecimento da vida. O elefante é rotulado de ‘planejamento inteligente’. Para uma pessoa que não se sente obrigada a restringir sua busca a causas não-inteligentes, a conclusão óbvia é que muitos sistemas bioquímicos foram planejados. Eles foram desenhados não por leis da natureza, pelo acaso ou pela necessidade; na verdade, foram planejados. O planejador sabia que aparência os sistemas teriam quando completos, e tomou medidas para torna-los realidade em seguida. A vida na Terra, em seu nível mais fundamental, em seus componentes mais importantes, é produto de atividade inteligente.”
(Behe, “A Caixa-Preta de Darwin”, pág. 195)

Além de não apresentar um modelo explicativo alternativo ao mecanismo da seleção natural, essa postulação gera graves implicações não só em seus aspectos epistemológicos, mas até mesmo do ponto de vista lógico.

Sem confrontação

A ser aceita como verdadeira a hipótese de uma “mente inteligente” condutora da transformação dos seres vivos, e adotada como princípio fundamental para a TDI, essa teoria se torna ambiguamente capaz de deduzir não só uma predição expressa por um enunciado A como também seu contraditório não-A.

Embora espera-se que os adeptos do design inteligente não se atrevam a cometer o disparate de realizar deduções desse tipo, a simples contaminação da TDI por essa possibilidade impede essa teoria de ser confrontada empiricamente por meio de observações ou experimentos.

Em outras palavras, as inferências ou deduções a partir do axioma central da TDI não poderão ter conteúdo empírico, ou melhor, não atenderão ao requisito da falseabilidade, formulado por Popper como critério de demarcação entre as ciências empíricas e outras formas de conhecimento. Tudo estará subordinado à vontade de uma “mente inteligente” capaz de direcionar as mutações para qualquer direção que se queira, seja pela vontade do designer sobrenatural ou da conveniência de seus criadores mundanos.

Teoria estéril

A falta de um modelo explicativo que seja uma alternativa à seleção natural é uma omissão muito mais grave que as lacunas dos registros fósseis ou as faltas de explicações para determinadas transições evolutivas.

No final das contas, as principais formulações teóricas dos proponentes da TDI são muito mais objeções à TE. É o caso, por exemplo, do conceito de complexidade irredutível, descrito por Behe:

“Com irredutivelmente complexo quero dizer um sistema único composto de várias partes compatíveis que interagem entre si e que contribuem para sua função básica, caso em que a remoção de uma das partes faria com que o sistema deixasse de funcionar de forma eficiente.”
(Behe, “A Caixa-Preta de Darwin”, pág. 48)

Em outras palavras, o conceito de sistema irredutivelmente complexo serve para definir o que não poderia ser explicado pela seleção natural. Embora o próprio Behe admita em seu livro que nem tudo o que não tem explicação não pode ser considerado impossível de vir a ser explicado (pág. 179), o autor lamentavelmente formulou esse conceito que a priori rejeita a possibilidade de virem a serem formuladas explicações evolutivas para esses sistemas a partir de outras estruturas.

Desse modo, no conceito de complexidade irredutível há uma boa dose de aposta naquilo que os lógicos chamam de falácia do “argumentum ad ignorantiam”, o qual, trocando em miúdos, equivale à afirmação de que se não conheço uma coisa, ela não existe.

Em que pesem as críticas a Michael Behe, é preciso reconhecer que ele e alguns proponentes da TDI têm se mantido distantes da militância obscurantista de criacionistas bíblicos e suas instituições. Infelizmente, esses bons exemplos de independência não têm sido seguidos por todos adeptos do design inteligente. Boa parte deles parece muitas vezes apostar nas mesmas ingerências religiosas espúrias no plano da ciência que foram fomentadas e acirradas desde a primeira metade do século 20.

Acirramento

Os apelos de adeptos da TDI à obra de Thomas Kuhn começaram como argumentos em favor da mudança paradigmática por meio do reconhecimento dessa teoria pela academia. No entanto, isso não seria possível mesmo que houvesse na TDI um modelo explicativo alternativo à seleção natural e não se fundamentasse em um axioma incompatível com a falseabilidade. Na verdade, a teoria de Kuhn não formula nenhuma obrigação de substituição de um paradigma por outro mais novo. Segundo esse pensador,

“A competição entre segmentos da comunidade científica é o único processo histórico que realmente resulta na rejeição de uma teoria ou na adoção de outra.”
(Kuhn, “A Estrutura das Revoluções Científicas”, pág. 27)

No entanto, os apelos de adeptos do design inteligente ao pensamento de Kuhn já passaram há algum tempo para outra linha de ação, que é a da desqualificação dos seus contrários. Ou seja, a obra desse autor passou a ser invocada para culpar a academia por não reconhecer a TDI e por não serem aceitos pelos periódicos de prestígio os artigos baseados nessa teoria. É uma afronta ao pensamento de Kuhn sua obra servir como álibi para a precariedade epistêmica do design inteligente.

Na verdade, a TDI tem dado razões de sobra para ser rejeitada pela academia, seja pelo envolvimento com as hostes do criacionismo bíblico, seja por sua precariedade epistêmica. Essa fragilidade se deve não só a seu fundamento sobrenatural e avesso à confrontação empírica, mas também à falta de modelos explicativos e a seus conceitos destinados apenas a negar a evolução.

Longe de ter seu foco na ampliação do conhecimento, a agenda da TDI é reativa e referenciada na teoria que pretende demolir. Essa agenda de orientação negativa é a verdadeira caixa-preta do design inteligente."




quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Considerações sobre a eleição e a educação




Este ano ficou marcado na história do País, nessas eleições fiquei estarrecida diante de comentários de alunos, completamente despolitizados, tomando partido de coisas que desconhecem totalmente. Meu voto e minhas campanhas sempre foram a favor da educação, não votei em um partido, mas em uma continuidade de um progresso, principalmente na área. Lembro-me das manifestações do ano anterior e o que mais me marcou foi a falta de foco. A meu ver, foram feitas por uma oposição que só queria uma coisa, usar a população para tirar um governo e fiquei muito triste por isso, pois mais uma vez a população foi manipulada a favor de interesses políticos que passavam bem longe dos interesses populares. Todos estavam lá por interesses diversos, mas não interesses comuns, como deveria ser uma verdadeira manifestação.


Essa polêmica toda trouxe não só a vitória de um presidente, mas trouxe esperança por uma política melhor, para que os alunos se conscientizem mais da importância do entendimento político. Muitos nem sabem o porquê de gostarem ou não desse ou daquele candidato, desconhecem as verdadeiras responsabilidades de cada governo (federal, estadual e municipal), culpando, assim, as pessoas erradas e, pior ainda, fazendo campanhas pelas pessoas erradas, tanto positivas quanto negativas. Precisamos de educação pública de qualidade, mas muito mais que isso, a conscientização e participação política de nossos jovens são imprescindíveis e não me refiro à classe média, mas à classe mais carente, alunos de escolas públicas, pois são eles que influenciarão as políticas futuras.



 Essas eleições mostraram isso nitidamente, pois o Brasil foi dividido em regiões e a xenofobia e as desavenças sociais nas páginas sociais mostraram o quanto o Brasil ainda precisa evoluir.  E o pior é que esse preconceito ficou evidente nas classes que se diziam mais bem educadas. Precisamos de pessoas conscientes, de adultos conscientes e sem preconceitos. Precisamos de brasileiros que lutem por algo em comum, uma união de todos pelo bem de todos e todo o resto será a consequência, um país melhor e mais politizado.



terça-feira, 7 de outubro de 2014

Um adentro sobre as eleições...cuidado ao ler!



Estamos numa época bem complicada e precisamos refletir muita no que lemos, principalmente quando são coisas referentes a grande mídia...

"Votar contra o PT não é votar contra a corrupção.
Se olharmos o número de candidaturas barradas pela Lei da Ficha Limpa em 2012 e agora encontramos o seguinte: 2,4% (de um total de 2.653) das candidaturas do PSDB foram barradas contra 1,2% (de um total de 3.096) das candidaturas do PT. Em números absolutos o PSDB só perde para o PMDB na colocação geral do número de candidatos com ficha suja, proporcionalmente é bem provável que fique no primeiro lugar.
Se há essa impressão de que o PT está mais vinculado com a corrupção do que o PSDB (ou qualquer outro partido), que hipótese melhor explica isso? Se não fosse mera impressão, mas fato, o PT não teria mais candidaturas com ficha suja? Por que a hipótese de que o PT é corrupto seria objetivamente melhor do que a hipótese de que há setores interessados em fazer o PT parecer pior do que é? Ou que a hipótese de que você (que é anti-PT) está apenas fazendo raciocínios tendenciosos, passionais, alimentados por alguma frustração vaga (ou não), por exemplo? O antipetismo pode ser compreensível, mas o mero ímpeto contra a corrupção não torna ele justificado. Ele esbarra nos fatos e se esfarela.
Além disso, a preocupação excessiva com a corrupção distorce o pensamento político. Achar que devemos guiar nossas decisões considerando somente “é corrupto” contra “não é corrupto” é como achar que devemos guiar nossas decisões sobre uma dieta adequada considerando somente “engorda” contra “não engorda”. O importante é ter primeiro uma noção clara do que seria a política desejável (ou a dieta adequada). Se os fins estão errados não vai adiantar discutir a qualidade dos meios. O antipetismo pode não só fazer ver corrupção onde não há como pode fazer pensar que a corrupção (ou a falta dela) é tudo que há para se ver. Portanto, não bastaria pensar que votar contra o PT é votar contra a corrupção, também seria preciso ter bons argumentos para votar contra as políticas que ainda norteiam o PT (o que não é tão fácil quando um ganhador do Nobel de Economia, Paul Krugman, diz que o Brasil está indo muito bem, por exemplo). Assim, é bem provável que o voto antipetista mais honesto seja o voto em branco, qualquer coisa diferente disso vai exigir razões que andam escassas.
“O bom senso é a coisa mais bem distribuída do mundo: pois cada um pensa estar tão bem provido dele, que mesmo aqueles mais difíceis de se satisfazerem com qualquer coisa não costumam desejar mais bom senso do que têm.” —Descartes (seria bom não ter que citá-lo em tom irônico, mas anda difícil)"

domingo, 28 de setembro de 2014

“Eu apoio a Educação Aberta”

O Projeto REA.br e a Comunidade REA Brasil atuam para levar a causa da Educação Aberta e dos Recursos Educacionais Abertos(REA) a estudantes, educadores, formadores, autores, escolas, universidades, editoras, políticos, governos, fundações e outros que compartilham a visão de uma educação inclusiva e acessível a todos.
Uma das maneiras de garantir o acesso à educação, a materiais de qualidade e permitir inovação metodológica é por meio de×Públicas que apoiem os REA e determinem que todo o investimento público na compra ou desenvolvimento de recursos educacionais deve dar preferência a REA.
O Estado, na execução de suas atribuições, deve agir para viabilizar o potencial de todos. Por essas razões, ao subvencionar a produção intelectual, destacadamente aquela voltada para promover o desenvolvimento de capacidades por meio da educação, o Estado deve garantir que o produto desse investimento possa ser aproveitado livremente por todos.
Neste sentido, o Projeto REA.br trabalha desde 2008 apoiando os decisores políticos na construção de políticas públicas e legislação que garantam o acesso aos recursos educacionais resultantes do investimento público direto e indireto.
Para saber mais, acessem o link: REA 

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Sorria! Você está sendo manipulado.




Estudando as tendências educacionais que, durante muito tempo critiquei por pura ignorância, pude notar uma tendência social e globalizada, mas quando me refiro ao social, não estou falando de um socialismo, pelo menos não de um sistema político e sim de uma preocupação pela sociedade, pelo mundo.

As teorias estudadas hoje mostram essa nova tendência aplicada à educação. Apesar de os autores seguidos serem de séculos anteriores, eles teorizaram e, de certa forma, previram os problemas gerados pelo sistema atual, o capitalismo. A meu ver, o problema não é o capitalismo em si, mas o que ele causou ao meio social e, como diz William Shakespeare: “Que época terrível é essa quando  idiotas dirigem cegos”. Segundo muitos desses autores, não foi o homem que fez o sistema, foi o sistema que fez o homem e este se adaptou a ele, da pior forma possível.

As críticas de diversos autores ao capitalismo, que serão citados ao final desse texto, assim como as respectivas bibliografias para pesquisa, foram a forma como a sociedade foi moldada e como vive escrava desse sistema. A princípio parece um exagero, mas, analisando a coisa de modo imparcial, vejo que não. Hoje, a sociedade moderna se resignou a viver num sistema que aliena, o espaço urbano passou a ser um cenário com muros, barreiras, fronteiras e o objetivo de tudo isso é o transporte de mercadorias, destruindo assim todos os recursos naturais do planeta. O homem moderno vive em casas ou apartamentos que se assemelham a jaulas e, o que é pior, pagam por isso. Passamos a vida acumulando mercadorias que, de acordo com os anúncios, nos trazem felicidade e a plenitude.
Hoje, ele, o sistema, detém os meios de comunicação e o cidadão vem-se alienando a tudo quanto é meio de comunicação. Essa história começou pelo rádio, depois a TV e hoje os computadores e celulares, nos afastando cada vez mais de nossos semelhantes, nos alienando cada vez mais, difundindo mensagens ditadas por ele. Um sistema que promove a desigualdade como critério de progresso, afinal, no sistema capitalista a fome nunca vai desaparecer, apenas nos acostumamos a ela.


Esgotamos os recursos, o lixo acumulado pelo descarte excessivo vem hipotecando nosso planeta, as empresas produzem e reproduzem cada vez mais e os mesmos que poluem, os donos dos meios de produção, se dizem os salvadores do planeta, fazendo com que os cidadãos se sintam responsáveis pela depredação do ambiente em que vivemos. Tentam nos convencer de que bastaria que nós, cidadãos, mudássemos a nossa maneira de agir e o mundo estaria salvo. Culpam-nos de continuarmos poluindo, mas nunca mudam o seu sistema de produção:  o que eles pregam é que bastaria mudar alguns detalhes (de parte do cidadão), mas na verdade eles, os verdadeiros responsáveis, não mudam e nada muda.
A sociedade moderna trabalha cada vez mais para comprar, a crédito, a nossa alienação. Poucos trabalham no que gostam, pois o que vale é o dinheiro. A medicina, hoje tão avançada, apenas nos cura, quando cura, os males que esse sistema nos impõe, mas não trata as causas, só as consequências. Para amenizar essas “dores” e nos dar conforto, necessitamos de um deus, mas ele se tornou nada mais e nada menos que um pedaço de papel, o deus hoje se tornou o dinheiro e em nome dele, o homem moderno estuda, trabalha e chega até a abrir mão de certos valores. O que esse novo deus prega é que quanto mais dinheiro, mais liberdade e, assim, serve-se e obedece-se a esse novo deus, tendo a ilusão da liberdade e da felicidade impostas pela nossa mídia e pelos senhores donos de produção. A nova sociedade se adaptou ao mundo tal como ele é e não se rebela, pois se conformou a isso. O verdadeiro criminoso é aquele que contribui consciente ou inconsciente para essa demência, o poder e o dinheiro.


Na forma de imagens é que essa alienação é mais forte. Como a mais direta e a mais eficaz  maneira de comunicação, ela pode ditar modelos, regras, condutas e moral, valores, ideias, felicidade, enfim, vender é a única coisa que importa. Para que haja uma mudança radical, precisamos mudar aquilo que nos aliena, a linguagem (comunicação dos meios).
Além da linguagem, é no poder do voto que o homem acredita que domina esse poder. Quando escolhe seus governantes, o cidadão acredita que está exercendo a democracia. A sociedade moderna acredita que existem diferenças ideológicas partidárias, pois nossos partidos dominantes, os que detêm o poder, são dominados pelo deus mercado. Enquanto os meios de comunicação divulgam debates fúteis, o cidadão acredita que existe democracia.
Democracia é definida pela participação massiva dos cidadãos nos problemas sociais. Ela é direta e participativa, através de assembleias, mas o que os parlamentares hoje fazem é limitar o poder do cidadão pelo próprio direito a voto, afinal os que estão sentados nas cadeiras parlamentares representam, isso sim, a classe dominante, seja ela direita ou esquerda. Com o direito ao voto, escolhemos a quem vamos servir, essa é a verdade, mas acabamos sendo cúmplices da minoria dominante que detém o poder e eles acabam nos esmagando. Afinal tudo gira em torno da compra, venda, produção, acúmulo e consumismo, tornando o nosso planeta uma simples mercadoria. Aqueles que o cidadão elege são uma minoria dominante que segue o deus mercado. O monopólio da aparência e eles, junto com a mídia, determinam o que é bom ou mau. A nossa democracia liberal não passa de totalitarismo.

A educação hoje tenta mudar essa imposição, estamos tentando passar por uma nova transição, que Hanna Arent chamou de pós modernismo. Recomendo a leitura. Precisamos ensinar nossas crianças e jovens a se libertar e, através dessa era tecnológica, se comunicar com os seus semelhantes. Libertar-se dessa mídia “massificante” e controladora e passar a ver o planeta como nosso lar e não apenas uma propriedade.


Bibliografia para leitura:
ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. “Educação – para quê?”, “A educação contra a barbárie” e “Educação e emancipação”).
ARENDT, Hannah. A crise na educação. Entre o passado e o futuro.
BALL, Stephen J. Intelectuais ou técnicos? O papel indispensável da teoria nos estudos educacionais. Políticas educacionais:questões e dilemas.
BOURDIEU, Pierre. A escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura. Escritos de Educação.
CHARLOT, Bernard. A Mistificação Pedagógica: realidades sociais e processos ideológicos na teoria da Educação.
DURKHEIM, Emile. Educação e Sociologia. 
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão,
YOUNG, Michael. Para que servem as escolas. Educação e Sociedade,  Disponível emhttp://www.scielo.br/pdf/es/v28n101/a0228101.pdf
MESZAROS, Istvan. A educação para além do capital.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Subjectividade, Cidadania e Emancipação . Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. 

domingo, 13 de julho de 2014

O vexame do Brasil...e dos brasileiros



Eu estava me poupando de falar do vexame da seleção. Assim como muitos brasileiros, estou muito triste e mais triste ainda por um povo continuar dando mais valor ao futebol do que a qualquer outra coisa, principalmente à educação brasileira e à política. Fico perplexa com alguns comentários compartilhados na internet, muitas teorias a respeito da derrota da seleção e o povo continua sendo manipulado por repórteres partidários. A seleção perdeu o futebol, mas o Brasil perde em muito mais coisas do que uma simples copa. O Brasil carece de educação, de conscientização política para que comecemos a parar de sermos manipulados por teorias e mais teorias conspiratórias.

No Brasil, falta patriotismo, ética, educação, conscientização e todo o resto é a consequência de tudo isso, pois não adianta exigirmos saúde de qualidade, segurança, escolas etc., se não aprendemos a votar e se não cobramos de nossa mídia a ética. O brasileiro é o único que tem a capacidade de vaiar um presidente da república (uma autoridade) em plena Copa do Mundo e na frente do mundo inteiro. O pior é que muitos acharam isso bonito. Vaiar uma autoridade que, concorde ou não, merece respeito, é bonito? Não, o que o Brasil mostrou nessa Copa foi que além de sermos ruins de futebol, somos ruins de educação e falta de bom senso ao lidarmos com hierarquia, não temos noção, educação. Isso é o que estamos colhendo durante anos e anos de descaso do governo com relação à nossa educação e não me refiro a 10, 20 ou 30 anos, mas a muito mais.

O pior de tudo são os repórteres, que se julgam inteligentes e “bem educados” não só aplaudindo essas atitudes como semeando mais  deseducação e discórdia. Entendam que, em nenhum momento, me referi a esse ou aquele partido, porque afinal não acredito em nenhum. Enquanto todo um sistema não for mudado, continuaremos “chovendo no molhado”. O nosso sistema foi corrompido durante todos esses anos de descaso na educação e essa oposição somos nós.
Agora é hora de o brasileiro acordar e perceber que futebol é importante, mas uma educação de qualidade que fará o país melhorar, não só no PIB (Produto Interno Bruto), mas nos índices de educação e que ela merece todo o respeito para que um dia possamos aplaudir o presidente, seja ele quem for, pois afinal estará fazendo algo por nós, que é isso que deveria fazer, pois vaiar apenas só mostra o nosso baixo nível cultural. A situação tem que ser mudada no voto consciente não com esse tipo de manifestação, inclusive as violentas. Quer mais saúde, educação, segurança, honestidade  etc.? Aprenda a votar, aprenda política, seja crítico e exerça a democracia, o resto é conversa fiada. Cobre ética de todos e seja ético. Cobre honestidade, mas seja honesto. Cobre educação, mas seja educado.



sexta-feira, 4 de julho de 2014

Introdução sobre educação - um texto de Douglas Benício



Considerações sobre PL 6840/2013 — Reformulação do Ensino Médio

Parte 1 — História da Educação Brasileira e sua influência nos tempos atuais

A educação no Brasil tem uma história peculiar, caracterizada pela dicotomia Estado-escola, que até então era de domínio da Companhia de Jesus (os Jesuítas), que primavam pela transferência de conhecimentos apenas para os brancos europeus da população colonial, sendo esta negada para negros, índios e mulatos, sendo que no caso destes últimos os jesuítas tiveram que ceder por receberem subsídios do Estado. Em outras palavras, exclusão.
Dando um salto até a Era Vargas, tivemos neste período reformas educacionais mais modernas devido a emergência da urbanização brasileira e o surgimento do parque industrial brasileiro. Nesta época foi feita a Reforma Francisco Campos (1931), que conferiu aumento dos anos de estudos no curso secundário, seriação de currículos, imposição de um trabalho de avaliação discente. Medidas que procuravam entrar em sintonia com a sociedade capitalista que se consolidara no país.

O ensino secundário teve aumento de dois anos, passando de cinco para sete anos, como também foi organizado em ciclos, sendo o fundamental (ensino comum e de formação geral) e o complementar (para quem quisesse ingressar em cursos superiores). Interessante notar que, neste último havia uma série de opções, como por exemplo, para quem quisesse cursar Direito, iria estudar com foco maior em área de ciências humanas. Estudiosos afirmam que esta parte da Reforma Campos estava muito alinhada com as modernizações da Europa, e de certo modo contribui para a elitização do ensino devido a conjuntura da vida brasileira. Retirado doartigo de Norberto Dellabrida, publicado em 2009 na Revista Educação da PUCRS, temos que “ […] Francisco Campos liderou uma reforma do ensino primário e normal a partir dos princípios e dos métodos da Escola Nova. […] A Reforma Francisco Campos redefiniu, em primeiro lugar, os saberes a serem ensinados nos colégios de ensino secundário, fortalecendo as Ciências Físicas e Naturais, o que também expressa uma perspectiva burguesa” onde segundo o autor, partia-se da educação integral — intelectual, física, patriótica — e práticas disciplinares para disciplinamento e autorregulação.
Em 1942 surgiu a Reforma Capanema, na qual surgiu a Lei Orgânica do Ensino Industrial e a Lei Orgânica do Ensino Secundário, assim como o surgimento do SENAI. O curso secundário se dividia de modo que o ensino seguia ordem hierárquica onde o primário se destinava ao ensino agrícola, o secundário para o ensino industrial (que mantinha sérios vínculos com educação de países fascistas), e o terciário, que preparava para o comércio. Vale ressaltar que durante esta reforma, houve uma ênfase dada ao ensino de disciplinas de ciências humanas, devido ao apoio recebido de Vargas da Igreja Católica em troca de apoio da mesma ao governo em camadas populares. Tal ênfase se explica pelo fato de que estas disciplinas eram ensinadas às elites pelos Jesuítas, sendo que as massas teriam acesso ao ensino menos prestigiado como agrícola, industrial e comercial. Logo, a educação de massas nunca formou o sujeito político, mas o operário que não sabia questionar.
O ensino industrial, como o nome já nos induz, levava a formar o cidadão para o trabalho, enquanto o ensino secundário visava moldar o indivíduo com princípios éticos e morais.
Este ensino dual foi responsável por deixar marcas no país que perduram até os dias atuais, como por exemplo a divisão da sociedade em classes, na qual a dominante perpetuou no Brasil até os dias de hoje, que formaram a elite econômica e intelectual, chamada por muitos de Elite Branca. A escola foi um objeto onde suas políticas foram formuladas por estes para servir seus interesses, segundo Demerval Saviani.
Com o surgimento da Ditadura Militar em 1964, houve mudanças como a criação dos exames vestibulares e o enfoque de formação dado ao ensino tecnicista com ajuda da USAID (United States Agency for International Development), que com financiamentos da Casa Branca e órgãos americanos, formulavam kit experimentais de ciência na época da Guerra Fria. Disciplinas humanas como filosofia, história e geografia, ou foram extintas ou foram aglutinadas, dando origem e enfase em disciplinas como Moral e Civismo.
Com o processo de redemocratização do Brasil, dado pela Constituição de 1988, ao se tratar do ensino temos que este deve ser universal, gratuito, dever do Estado e da família, onde União, Estados e Municípios respondem em regime de colaboração. Ao MEC como parte do Poder Executivo, cabe fazer cumprir as leis do ensino e determinações da Constituição. A União deve aplicar, anualmente, nunca menos de 18% e os Estados e Minicípios o mínimo de 25% da receita resultante de impostos e transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
Importante ressaltar que no ano de 1995 foi criada a nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases), que seguiu a esteira neoliberal do Banco Mundial, uma concepção mercadológica da educação na qual centralizava ao MEC todos os problemas e soluções das escolas — proposta dada pelo Banco — na qual FHC, presidente da época acatou.
Devido a instabilidade econômica do país, volta da democracia e o fim da Guerra Fria, o Brasil atravessou uma grave crise de desemprego, desvalorização da moeda pela inflação, e como consequência, alta taxa de analfabetismo e evasão escolar. Somado a isso, o funcionamento de escolas particulares era livre, sendo assim, houve sucateamento da educação pública, formando novamente, uma divisão da sociedade em termos de ensino, onde a elite econômica e cultural se formava em escolas partculares e a massa trabalhadora em escolas públicas, assim como a desvalorização do professor, que contribuiu significativamente para desestúmulo da carreira e, indiretamente, a fuga de profissionais para outras áreas e a figura arranhada que o mesmo tem.


A bola da Copa testada pela Nasa


..."Para pesquisadores da agência espacial norte-americana (Nasa), que estudaram os detalhes aerodinâmicos da nossa ‘gorduchinha’ e explicaram os motivos de sua estabilidade, a Brazuca está por trás do aumento da média de gols do torneio. Será ela a bola das bolas?"...

..."Ah, e se alguém estranhou o fato de uma agência espacial estudar uma bola de futebol, basta considerar o recente crescimento do esporte nos Estados Unidos, a expertise da Nasa nos estudos de aerodinâmica e a popularidade da modalidade em todo o mundo, que a torna um excelente meio para a educação e a divulgação científicas. “A Copa do Mundo é uma ótima oportunidade para mostrar às pessoas a ciência aplicada a uma área muito próxima delas e para abordar conceitos de aerodinâmica com os estudantes, por exemplo”, conclui Mehta. "

Saiba a resposta aqui, no Ciência Hoje

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Geração Y sem preconceito




Na minha postagem anterior que pode ser lida aqui eu esclareci sobre a minha posição em relação a essa nova geração. Hoje me deparei com um site que se referia ao mesmo assunto e achei bem interessante, principalmente a frase:



“Se você já sabe o suficiente e está confortável com sua função no mundo. Bom, parabéns, você está oficialmente morto”.


Leia a reportagem toda no link


Bom proveito!

sábado, 21 de junho de 2014

Quem precisa de foco é o governo 2



Eu já tinha feito uma postagem sobre esse assunto e ela foi colocada em um site, que o texto encontra-se aqui. Meu pai, Isaias Edson Sidney, fez uma colocação sobre meu texto, via Facebook, que vale a pena ser transmitida:

 "A questão é mais, muito mais complexa do que isso. Esse tipo de raciocínio é muito raso e não leva a nada. Há muitas pontas soltas na solução do problema da educação, no Brasil. Não há, propriamente, falta de dinheiro, mas falta de gestão - não apenas pública - e de interesse em resolver os problemas. Há um problema crônico de relação "quantidade" (universalização do ensino) e "qualidade" (qualificação e valorização profissional) que é uma equação que não se resolve de forma tão fácil, como parece acreditar o pensamento do autor do artigo. Cito um exemplo: durante o governo de Luísa Erundina como prefeita de São Paulo, a escola pública municipal deu um salto qualitativo impressionante, que não se manteve no governo seguinte (acho que do Paulo Maluf). E pelo Brasil afora abundam exemplos de escolas que superam suas dificuldades e se tornam modelos através do esforço de seus gestores e professores. Com as mesmas verbas de que dispõem todas as outras escolas. Portanto, a melhoria do ensino passa, sim, pela capacidade gestora dos entes envolvidos e isso só se resolve através da cobrança séria da população a seus representantes; através do envolvimento de pais e alunos na cobrança a seus gestores imediatos; através da conscientização de que o cumprimento das políticas educacionais já adotadas tenham continuidade e não fiquem à mercê de visões estreitas de administradores; que as pessoas percebam que os políticos têm de tratar educação como política de Estado e não de governo. E educação não se resolve apenas com escola, mas também com amplas políticas de cultura, o que implica na adoção, pelo Estado, de medidas que incentivem a leitura, o teatro, as artes, os esportes, a música e todos os demais elementos constitutivos de uma sociedade menos injusta em seus aspectos sociais e econômicos. Portanto, não basta a melhoria de um único setor ou o aumento de investimentos nesse setor - no caso, a educação - mas na melhoria paulatina de todos os indicadores sociais, de forma integrada, constante, para que se construa uma civilização, um país com distribuição de renda, com trabalho para todos, menos violento e menos bárbaro. A Educação é "apenas" um tijolo no imenso desafio de romper uma tradição de quinhentos anos de uma visão elitista, colonialista e de um capitalismo selvagem que impregna o tecido social do Brasil e impede que se construam políticas duradouras voltadas realmente para o povo. Há que se ter, portanto, muito cuidado na discussão do que é realmente o melhor, porque facilmente as pessoas caem no pensamento raso de slogans e não percebem a profundidade e a amplitude do tema. E slogans e frases feitas geralmente escondem armadilhas de pensamento muito, muito conservador e, portanto, perigoso."


  

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Rolls Royce também tem física de partículas



Existem mais de 30.000 aceleradores em operação em todo o mundo, eles estão por todos os lugares, fazendo uma variedade de trabalhos. Podem ser mais conhecidos pelo seu papel em física de partículas, mas existem outros talentos:  criação de raios para combater os tumores cancerígenos, matar bactérias, prevenir doenças alimentares, desenvolvimento de remédios psiquiátricos, melhoria da injeção de combustíveis para que os veículos sejam mais eficientes, além de uma infinidade de coisas que muitos não sabem.

As últimas novidades estão relacionadas a um dos fabricantes de automóveis mais caros e cobiçados do mundo, o Rolls Royce. Eles estiveram no SLAC (National Acellerator Laboratory), localizado em Menlo Park, Califórnia, EUA, operado em conjunto com a Universidade de Stanford e o escritório de Ciência e Energia dos Estados Unidos, o U.S. Departament of Energy, no início desse mês com sua equipe para realizar testes com ligas de titânio, aquelas utilizadas em aeronaves. Para quem não sabe, a marca Rolls Royce é um grande fabricante mundial de motores de aeronaves e é o primeiro usuário mundial do acelerador de partículas linear, LCLS (Linac Coherent Light Source), desde outubro de 2009, quando foi aberto para os cientistas convidados.


O SLAC saiu do âmbito da física de partículas e hoje inclui pesquisas nas áreas de cosmologia, ciências de materiais e ambientais, biologia e energias alternativas. Na Galeria Klystron do SLAC, em cima do acelerador, fica um prédio que abriga os componentes que alimentam o acelerador. É um dos maiores e mais modernos edifícios do mundo. Esse acelerador é também um dos mais importantes do planeta.

O LCLS é um acelerador de partículas linear situado dentro do SLAC, várias pesquisas foram realizadas e prêmios conquistados, reformulando a nossa compreensão da matéria. Ele também foi um dos colaboradores do CERN, em Genebra, Suíça, que em 1989, para quem não sabe, desempenhou um papel fundamental na formação do WWW (World Wide Web), quando o cientista, Tim Berners-Lee aproveitou todo o seu conhecimento e a tecnologia criada dentro do LHC, para criar o WWW enquanto fazia sua pós-graduação no CERN, pela Universidade de Oxford. Além disso,o LCLS ajudou o ATLAS a encontrar a partícula de Higgs, num experimento do CERN, onde ela foi descoberta recentemente.

O especialista em materiais para a Rolls Royce Corp, em Indianópolis, Michael G. Glavicic, que liderou o experimento junto com David Dye, do Imperial College, em Londres, diz:” Compreender a matéria é que nos impulsiona para inovar materiais”. E concluiu: “ Queremos entender o que acontece com um material dentro de um motor. Quanto mais se sabe sobre o comportamento de uma liga, mais podemos criar e tirar proveito de suas propriedades".


E ele está certo, afinal o LCLS é o mais poderoso laser de raio X de elétrons livres do mundo, com um brilho sem precedentes, bilhões de vezes mais brilhante que as mais poderosas atuais fontes. As pesquisas na área da nanotecnologia estão revolucionando o nosso mundo e quanto mais a ciência avança, mais precisamos buscar conhecimento.

E você? Vai continuar fora dessa?



Fontes:

https://www6.slac.stanford.edu/news/2014-04-22-rolls-royce-collaborators-study-ways-strengthen-titanium-aircraft-parts-lcls.aspx
science.energy.gov
lcls.slac.stanford.edu
https://www6.slac.stanford.edu/
http://www.quantumdiaries.org/author/cern/
http://atlas.ch/




terça-feira, 3 de junho de 2014

Palmadas em seu Filho não é Crime!




 Cuidado com as distorções das leis,o maior problema no país é exatamente isso, uma constituição lotada de emendas e lacunas e a ignorância midiática em relação a contextos relevantes que acabam por nos idiotizando perante o emaranhado de leis.


A única forma de não nos enganarmos e nos instruirmos. Faça isso sempre antes de passar qualquer informação. Seja cético, conteste!
 Leia mais aqui

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Um desabafo de um mero professor



Esse é um, entre tantos, que já passaram e passam por essa situação. Um retrato da triste realidade do professor que as mídias não mostram, por que? Porque é mais fácil por a culpa no professor e fazer a população odiar cada vez mais os únicos que teriam condição de tirar esse país da alienação em que se encontram. Mas...

"...A regra do Governo é "dividir para reinar". E me assustei com a falta de consciência de classe e até mesmo de união entre muitos professores. Mas também, profe"..ssores eventuais, categorias O, categorias F e efetivos dividem a mesma sala dos professores, atuam na mesma situação bárbara, e recebem tratamento diferenciado."...

Tem mais, que vale muita a pena dar uma prévia sobre esse desabafo...

"E para o bem estrito do demotucanato paulista (a quem não interessa educar ninguém de fato, nem mesmo de maneira utilitária, menos ainda emancipatória), de alguns burocratas asseclas, da Veja (que fala que professor é vagabundo, doutrinador, e se a educação vai mal a culpa é dele), e de certo rol de "pedabobas" que nunca pegaram um giz na mão mas têm ataques de diarreia pedagógica por meio do mundo mágico de teóricos dos quais nunca leram um livro inteiro. Para mim, deu. Toda a solidariedade a quem me substituir, mas estou fora... Tenho outras cartas na manga, e nunca fiz qualquer concurso público só pelo "sonho da estabilidade"...




Leia mais
http://www.felipequeiroz.net/news/por-que-me-exonerei-de-meu-cargo-efetivo-de-professor-da-educa%C3%A7%C3%A3o-basica-ii-do-estado-de-s%C3%A3o-paulo-depois-de-somente-3-semanas-/
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sábado, 29 de março de 2014

A ciência da ditadura



Voltando a um assunto já citado antes, acesse aqui, fiz uma outra abordagem sobre esse assunto, que muito me choca até hoje, pois quanto mais leio a respeito mais indignada fico. Essa postagem foi para o site Universo Racionalista e abaixo estão as páginas do Facebook e o link para acesso ao texto, espero que curtam e compartilhem. Obrigada!

Nossos cientistas ainda continuam indo para fora do Brasil, com a diferença de que, antes, iam por imposições e, hoje, vão por escolha, o que não deixa de ser uma conquista, ainda que lamentável para o nosso desenvolvimento. Nossos cientistas não são mais massacrados pelo sistema autoritário, mas estão desvalorizados. O Brasil ganhou a tão sonhada liberdade e ela não é valorizada o suficiente, afinal não cobramos o incentivo necessário à educação, à ciência e à tecnologia, e acredito que já passou da hora de mudarmos esse jogo.

Para quem ainda duvida, nesse site tem um documentário . Acesse aqui


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